Cecília Seabra

Sem conexão? Saiba que você não está só…

3 de setembro de 2024

A distância entre o que as pessoas que trabalham consideram um bom ambiente profissional e de condições de desenvolvimento e o que as empresas acham que os colaboradores querem continua grande.

A terceira edição do relatório Well-being at Work Survey, da Deloitte, mostra que as organizações têm enfrentado desafios crescentes que incluem o esgotamento dos trabalhadores e o declínio da saúde mental, violência no local de trabalho, eventos climáticos extremos e muito mais. Para muitas organizações, os compromissos de equidade são o único meio de rastrear o progresso nessas questões e não há como fugir do enfrentamento: é preciso trabalhar na ideia de sustentabilidade humana, ou seja: o quanto uma organização cria valor para as pessoas.

Isto inclui saúde e bem-estar, desenvolvimento de habilidades, maior empregabilidade, oportunidades de crescimento na carreira, equidade, maior pertencimento e conexão com propósito.

O papel das lideranças

Lideranças têm papel fundamental nesse cenário, que passa pela mudança de mentalidade de extrair valor das pessoas para ajudá-las a prosperar.

8 em cada 10 entrevistados em posição executiva ​​dizem que esses resultados ajudariam os negócios na atração de clientes e mais lucro, ao tempo que 43% das pessoas que trabalham dizem que seus trabalhos os deixaram melhores hoje do que quando entraram.

Já a pesquisa State of the Global Workplace, da Gallup, aponta que 15% das pessoas trabalhadoras não estão engajadas e procuram um emprego novo, e só 23% estão realmente envolvidos.

As dimensões de engajamento incluem se sentirem acolhidas pelo time, que podem contar umas com as outras e ter bom relacionamento com seus gestores diretos.

A pesquisa ainda apontou que pessoas engajadas rendem 23% a mais do que as não engajadas.

Dissonâncias

Agora senta que lá vem: 90% dos executivos acreditam ter um efeito positivo sobre o bem-estar dos funcionários, o desenvolvimento de habilidade, avanço na carreira, pertencimento e senso de propósito, mas menos de 60% dos trabalhadores concordam.

Quando afirmo que é tudo sobre pessoas, muita gente busca levar para o lado piegas da afirmação, como forma de seguir na miopia de que, sem gente, os negócios se sustentam.

🙂 A boa notícia é que já tem muita empresa trabalhando estrutural e seriamente para mudar essa realidade.

🙁 A não tão boa é que é muito grande o número daquelas que seguem extraindo valor das relações — não somente com trabalhadores, sem nenhum senso de responsabilidade e compromisso com a sustentabilidade dos seus próprios negócios.

Sigamos trabalhando para transformar essas realidades!

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