Já abordei o tema em um artigo, chamando essas pessoas de Cassandras corporativas.
Frequentemente sou chamada para falar para boards sobre questões necessárias, mas que passam longe do escopo de priorizações. Uma voz “de fora” é parte da estratégia para se fazer escutar — quando estava dentro das empresas, era eu a pessoa que recorria e esse recurso, especialmente quando o assunto é sustentabilidade e ESG …
Curioso é que não é sobre sustentabilidade ou ESG, e sim sobre comunicação.
Ou a necessidade de compreender que língua falam seus boards, para, então, aprendê-la e utilizá-la para que o trabalho seja feito.
Dificilmente você vai convencer alguém a fazer algo que não quer, ou não acha importante
Quando desenvolvi o método do equilíbrio de interesses, fiz para apoiar as pessoas a planejarem a melhor forma de endereçar suas necessidades, negociá-las e gerí-las em equilíbrio.
Sabemos que dentro das empresas interesses são bastante diversos.
Não adianta convencer que sustentabilidade importa, que ESG é mandatório, se as pessoas acham que é só problema seu.
Então…
Mudar o idioma é imperativo
Que tal chamar os principais clientes ou stakeholders beeem relevantes para uma mesa de discussão sobre perspectivas de negócios?
Certamente você teria a adesão de muitas áreas que veem atingir suas metas como algo realmente importante…
Então, que tal fazer de maneira alinhada, para que eles abordem suas necessidades de maneira tangente à sustentabilidade e ao ESG?
A falta de respostas consistentes certamente aumentará o interesse de outras áreas por saber como podem correr atrás do que já poderia estar sendo feito, mas não está porque você não é ouvida, bem como o entendimento de que esses temas não são só problema seu, e sim de todo o negócio.
E no dia a dia…
Follow the money!
Em vez de posicionar os projetos pelo que eles requerem de investimento, que tal um estudo de novos segmentos para os quais poderíamos expandir a partir dos resultados e seu potencial de negócios em relação às metas estratégicas do negócio?
👁️🗨️ Vejam: as linhas de ação não mudam os resultados que visamos, mas sim a comunicação e a gestão.
Já tentaram alguma dessas por aí?
Precisamos mudar a forma como comunicamos sustentabilidade e ESG.
A LLYC já comprovou que já dissonância entre o discurso corporativo e a sociedade civil em um estudo.
A questão é que essa dissonância também é responsabilidade de quem atua na área e ainda não atentou para o quanto não é possível dissociar a comunicação desses campos, visto que é ela o elo entre as pessoas.
Essas sim, que fazem acontecer, ou não deixam com que façamos.