Descobri ontem, 28/10, que estou na lista das pessoas Top 200 Creators do LinkedIn no Brasil da Favikon e levei um susto!
Só soube porque a Marina Dayrell 🏳️🌈 — divina, sigam djá se ainda não fazem isso! — fez um post dizendo que estava na lista e dentre as pessoas estavam fez a generosidade de me citar.
Eu só vi o post beeeeem tarde 🤓 🤦
E me lembrei de que outro dia, numa visita ao Linkedin, falei com o Bruno Torres Nogueira (PCD) sobre o quanto minha relação com ele é curiosa.
Já disse isso algumas vezes, mas como tem sempre gente nova por aqui, vou contar a história…
Nem sei de quando data meu perfil aqui, mas era só mato, da época em que tratávamos como currículo online.
Senta que lá vem textão
Comecei a postar na pandemia, muito honestamente para não enlouquecer devido ao contexto e à descontinuidade de 100% dos projetos.
Em 2020, fazia um ano que estava atuando de forma independente.
Qualquer pessoa que já tenha passado por essa transição na carreira — a minha não foi nada planejada, e sim por necessidade pressionada por um contexto familiar super sensível — sabe do quanto precisamos segurar todas as marimbas e ansiedades e o tempo até conseguir consolidar os fluxos financeiros em meio a contas e compromissos e responsabilidades que não estão nem aí para os nossos problemas.
E aí uma pandemia no caminho…
Precisava ocupar meu tempo, ou não conseguiria dar conta. Comecei a postar e a errar em um monte de caminhos, ideias e projetos mal sucedidos, mas que queria experimentar para ver se funcionavam.
Quando começou a valer a pena
Conheci pessoas que passaram a fazer parte da minha vida.
A primeira delas foi a Tânia Chaves e uma parceria que se estabeleceu em muita admiração e confiança mútuas. Reencontrei a Delaíse Pimentel, MsC., com que já tinha tido a oportunidade de trabalhar. A Dirlene Silva, o Erih Carneiro, PhD 🏳️🌈, Kely Pereira, Marcia Monteiro, Maycon Vitti, Andréa Greco, Lua Mansano 🏳️⚧️… vou parar de citar gente linda para não cometer injustiças. Mas essas foram as que chegaram e ficaram, umas até mesmo dentro de casa!
Não escondo que preferiria não precisar criar conteúdo.
Mas…
Como pessoa que atua sem qualquer sobrenome corporativo, preciso ver e ser vista. É a minha experiência, trajetória não tanto padrão e o conhecimento que eu carrego debaixo dos cachos que faz ver as coisas e as pessoas de uma forma muito particular que desperta o interesse e faz com que confiem em mim para ajudar a resolver questões complexas para negócios em qualquer setor.
Quem trabalha comigo sabe que serei honesta em dizer aquilo que precisa ser dito, mesmo que não seja lá o que querem escutar, e vou unir as pessoas necessárias para fazer acontecer.
Então… crio conteúdo. Mas postar aqui não é prioridade.
A vida que a gente não posta dá uma trabalheira danada
Entre um post e uma crônica só para mim, nos bastidores, vou escrever a segunda opção.
Entre programar conteúdo para a semana e aproveitar o pouco tempo que tenho na Montanha para catar mato na grama, lidar na roça, fazer comida, treinar “mandada” pelos meus dois filhos adolescentes — e me arrepender depois porque fico totalmente dolorida! — ou dar banho nos meus cachorros — e também me arrepender, porque logo dão um jeito de estar que nem croquetes de terra e grama —, fazer comida, limpar casa, fico com o que não requer tela.
Entre minhas identidades online e a vida que não posto, é essa trabalheira danada que me faz sentir viva e que me alimenta para todo o resto.
Então, não sou nenhum exemplo de frequência e de pessoa que segue as regras e melhores práticas que andam por aí dizendo que a gente “tem que”…
Curiosamente, toda vez que sumo, o LinkedIn tem um jeitinho especial de dizer oi, sumida.
- A primeira, foi quando fui selecionada como uma das 100 pessoas que foram patrocinadas pela plataforma no programa LinkedIn Creators — único realizado nesse formato por aqui até hoje.
- Depois, estava lááááááá no fundo do poço, quando fui reconhecida Top Voice.
- Agora, em meio ao inferno astral, descubro que estou entre as 200 Top Creators em um universo de muitas dezenas de milhões de pessoas.
Então…
Se você chegou até aqui, conheceu um pouco mais de parte da minha história nos últimos quase 4 anos, de altos, baixos, frustrações e dificuldades.
Quem vê a professora, pesquisadora, consultora, conselheira consultiva, palestrante e todas as etceteras que faço por cá e já disse que ia contar, mas nunca faço, nem sempre enxerga que é de multiplicidade de olhares, e não de filtros para moldar o comportamento, que esse mundo precisa.
Quero dizer que olhando para trás e para os possíveis caminhos que posso seguir de onde estou hoje, parece que tudo faz sentido e que minha trajetória foi totalmente planejada para caminhar aonde estou indo. Foi nada! Digo tranquilamente que minha sorte, além do privilégio branco e cisgênero, foi ter conseguido agarrar na unha todas as oportunidades que me apareceram na frente, e criado outras no braço, obviamente facilitadas pelas camadas de privilégio que me acompanham.
É exatamente essa a graça da história: olhar para trás e ver que entre os escritórios sisudos, frios e controlados, e a rua que pulsa e é cheia de surpresas, meu olhar está nos dois e na lida para fazer com que mais e mais pessoas, não importa se nos boards ou começando a vida profissional, se apropriem de conhecimento para lidar com suas questões.
Prazer, Ceci. Mulher, mãe do Francisco e do Inácio, de 4 cachorros e 1 gato, sou mestre em Comunicação (UERJ), especialista em Economia e Gestão da Sustentabilidade (IE/UFRJ), atuo há 25 anos em todos os níveis de desenvolvimento e gestão de pessoas e projetos estratégicos para mais de duas centenas de organizações públicas e privadas, e do 3º setor. Sou mentora de mulheres e pessoas LGBTQIAPN+. Atualmente, além de docente, pesquisadora, consultante e palestrante, sou membro fundacional e diretora de comunicação da Alianza Global por los Derechos de la Juventud y la Infancia (JUV-IN GLOBAL), conselheira consultiva em ESG na LLYC e LinkedIn Top Voice, membro de movimentos pró-diversidade em conselhos e de fomento à carreira de mulheres.
Se você quer entender mais sobre que trabalhos são esses, cafés virtuais são sempre bem-vindos desde que vençamos o lego nas agendas 😉
Fica com o meu abraço e divirta-se!
- Para entender mais sobre a metodologia de cálculo da Favikon, um artigo que explica como funciona.
- A lista com todos os creators, aqui.