As empresas não estão preparadas para (trabalhadores) influenciadores

22 de janeiro de 2025

As empresas — ainda — não estão preparadas para lidar com influenciadores.

Você recebe uma pessoa nova na sua equipe e…

📈 Ela tem mais seguidores do que você nas redes sociais.

🏆 É reconhecida como referência por outras pessoas de níveis hierárquicos muito acima do seu.

🥇 Tem seu posicionamento — e diferencial — atrelado a atributos relevantes nas discussões sobre trabalho e a relação das pessoas com suas marcas empregadoras (para além do tipo de contrato que rege essa relação).

📜 Tudo isso sem a necessidade de um sobrenome corporativo.

Agregar valor

No início, todo mundo festeja a chegada de alguém que vai “aportar valor para o time”. Está entre aspas porque essa expressão tem tantos significados quanto forem as pessoas que falam e escutam e a assertividade chora cada vez que alguém resolve recorrer a esse lugar comum por não saber o que dizer de fato.

Com o passar do tempo, começam os incômodos, manifestados desde em conversas estruturadas sobre regras de compliance e conformidade, ou mesmo mudanças no relacionamento, visíveis em impaciências e comentários com alusões à existência da pessoa além do contrato de trabalho 🚫

Advocacy só se…

O fato é que as empresas querem trabalhadores influenciadores, employee advocacy e correlatos, mas não estão preparadas quando o assunto é a pessoa que já vem “pronta”, com posicionamento e atuação de influência.

Dentre as muitas questões que envolvem a relação entre marca como rosto da estratégia de negócios e sua expressão de marca empregadora na relação com os trabalhadores — para além do contrato de trabalho — esse é mais um dos desafios que precisam ser encarados com honestidade pelas gestões.

Não basta criar programas-modelo de funcionários influenciadores se não houver trabalho de #cultura para absorver diferentes tipos de influência.

Por cultura, me refiro a coisas como — e não somente:

🤷‍♀️ Revisão e/ou criação de novas regras escritas e não escritas.

♻️ Clareza na comunicação e no diálogo.

🧬 Muito desenvolvimento de lideranças para que compreendam que o mundo do trabalho mudou…

E entendimento de que não dá para manter as relações entre trabalhadores e marca empregadora nas mesmas bases com mudanças tão estruturais como as que já vimos sentindo.

A realidade se impõe

Gostando ou não, temos novas realidades com as quais é preciso lidar se queremos manter a marca para a qual trabalhamos competitiva para atrair os talentos necessários.

Vejam que disse somente atrair, porque retenção pura e simples não diz muita coisa nesses novos cenários… mas esse é um tema para outra conversa, que está ainda muito embrionária por aqui e a gente precisa assumir e trazer à luz nas discussões sobre estratégia.

Por hora, significa que é, sim, preciso haver regras, conformidades e compliance para essa relação, mas elas precisam refletir as diferentes necessidades de um mercado de trabalho em transições muito estruturais para seguirmos apegados às práticas atuais de gestão de pessoas.

último artigo

penúltimo artigo

Inscreva-se para receber A Comunicação Nossa de Cada Dia sempre que sair uma nova edição.

Vamos conversar?