A marca é o rosto da estratégia de negócios* e precisamos lidar com isso

31 de outubro de 2024

Colocando algumas leituras em dia, cheguei a um ótimo um artigo do Sergio Lozinski para o The Shift, de setembro (sim, eu demoro meses para chegar nas coisas — me julguem rs), sobre gestão de marca e qual o papel e o nível de interferência do CEO nesse processo.

Acabei por revisitar diferentes projetos dos quais participei neste 2024, e como foi gerenciar não só desejos e “mãos” de C-levels, mas também a difícil tarefa de estabelecer diálogo entre estabilidade e mudança, entre o que trouxe o negócio até onde ele está, e o que é necessário oxigenar para que siga adiante.

Estabilidade e Mudança

A necessidade e as pressões pela mudança são constantes.

A pergunta é o quê mudar e quando mudar.

Para chegar aos caminhos possíveis, é preciso muito conhecimento e consciência do que é estratégico, do que é o posicionamento da organização e os impactos para a sua reputação, para tomar decisões sobre mudanças, e isso inclui diagnosticar claramente as necessidades reais de ajustes, ou vamos ceder ao ímpeto de simplesmente fazer diferente.

E aí vamos à outra pergunta: por que fazer diferente?

Novamente, a resposta estará ligada ao que é importante para a organização e para o seu propósito em interlocução com o zeitgeist, o espírito do tempo. Quero dizer que essas decisões devem levar em conta impactos de curto, médio e longo prazos.

E aí vem a leitura do Sérgio, quando diz que “zelar pela marca é um equilíbrio entre preservar o que foi consolidado e criar uma nova tradição”, o que parece óbvio.

O óbvio tem que ser dito

Sim, o óbvio tem que ser dito.

Qualquer pessoa que já tenha lidado, ou lide com gestão de marca e suas inter relações já sentiu na pele o quanto esse equilíbrio é, na verdade, o leme de uma embarcação em águas super revoltas e com ventos fortes em muitas direções.

Requer disciplina, foco, resiliência e muito, muito conhecimento e informação para dialogar entre tendências e estratégias e tomadas de decisão e gestão de impactos tão diversos quanto os públicos de relacionamento de uma marca e sua função de rosto da estratégia de um negócio — e eu nem vou falar de como aqui entramos no campo das externalidades porque daí o assunto é bem mais complexo.

Vale não só ler o artigo, como escutar uma entrevista que dei a um podcast que compõe um dos MBAs da Unisinos, sobre necessidade de estabilidade e de mudança, que apesar de se referir especificamente à área da educação, permeia muitos contextos comuns a outras áreas.

De quebra, vamos assistir ao vídeo do Porta dos Fundos, abaixo ou direto no Youtube, que ilustra lindamente muita coisa que a gente vê por aí quando o assunto é branding em desconexão.

*O título é uma referência a Aaker, 2015, livro On Branding, para quem gosta de uma bibliografia 😉

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